Às vezes dá certo

Eu bem que queria a ela agradar,
conseguir fazer belos versos
e neles me aprofundar.
Infelizmente não sou o tal do Vinícius
que sabe as palavras juntar.
Vou escrevendo e vou rimando,
sem saber no que vai dar.
De vez enquanto rende algo bom
que até posso publicar,
mas na maioria só dá merda,
que também no blog vai parar.
Deixo as pessoas decidirem
o que ficou bom, ou ruim.
Desejo que tenham opiniões,
e que também as exponham para mim.


PS: concordo com todos que me disseram que este texto ficou horrível!!

Puta!

Ela cobra só dez pila,
para a vontade do freguês saciar.
Onde se viu cobrar só isto
para com qualquer um transar?!
Mas pro cliente sem dinheiro,
há também a promoção,
pois a puta ali da praça,
não tem lá muito opção.
Por dois Reais não aceita
lhe agasalhar o croquete.
Mas por que não uma rapidinha,
e atrás da nereida pagar-lhe um boquete?!
É desta porra que ela vive,
e assim cria sua prole.
Uma com vinte, outra com trinta...
Quem se importa se ela engole?
Trabalha perto do parquinho,
entre a bibliotheca, o teatro e o chafariz.
Que se dane esta senhora,
é só mais uma meretriz!

Garçonete

Nada como ser bem atendido
em algum lugar que eu vá...
Não é assim tão difícil:
tenta começar com um "Olá!".
Hoje eu fui muito bem atendido,
que até me impressionei!
A guria era educada e tão bela...
Acho até que eu gamei.
Aqui venho quase sempre,
pra comer um cachorrão.
Da próxima vez que vier,
virei atrás deste tesão.
Quem sabe não rende algo,
em que eu possa me atirar?!
Agora com licença,
que vou acabar minha querida Polar.

Vamos nos mexer!

Nem todo mundo tem a minha sorte
de ter o que vestir ou onde morar.
Por isto tenho sempre a mesma vontade,
a velha vontade de ajudar.
Alguns têm de roubar,
para a fome satisfazer.
Não são estas moedas mixurucas
que hão-de dar-lhes o que comer.
E ainda vejo gente reclamar
que a vida lhe é ingrata...
Olha o que tens dentro de casa!
Já não lhe basta esta mesa tão farta?!
Dia destes teve mateada,
com intuito beneficente.
Me alegro em ver a foto:
um quilo de arroz na mão de um carente.
Então vamos nos mover,
e chega de reclamar.
Irei parar de escrever,
e a este país ajudar.
Ao invés de uma cerveja,
compre um pacote de feijão.
Muito será de ajuda
pra quem não tem dinheiro pro pão.
Podes também doar agasalhos,
já que o frio vem chegando...
Aquilo que entope teu guarda-roupa,
ao nosso irmão está faltando!